05 mar “Acho uma aberração”, diz ministro do Trabalho sobre reação negativa do mercado à criação de empregos
“Acho uma aberração”, diz ministro do Trabalho sobre reação negativa do mercado à criação de empregos
A abertura de postos de trabalho acima do previsto provocou alta do dólar e queda na bolsa de valores.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reforçou as críticas ao mercado financeiro pela sua reação negativa à criação de empregos. O saldo de 137 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em janeiro veio bem acima das 50 mil vagas estimadas, provocando alta do dólar e queda do Ibovespa, o índice das ações mais negociadas na bolsa de valores de São Paulo.
— Há uma neura do mercado que a gente não entende, quando reclama que tivemos número muito expressivo de criação de empregos. Acho isso uma aberração. Devíamos comemorar mais empregos e mais remuneração, com mais capacidade de consumo da classe trabalhadora. É isso que sustenta a economia — afirmou em entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.
Assim como em outros países, especialmente nos Estados Unidos, o mercado financeiro vê criação de empregos acima do previsto como pressão de alta de preços, temendo que a inflação eleve mais o juro e iniba negócios. Os norte-americanos observam inclusive a redução ou não nos pedidos de seguro-desemprego, considerados pelo Federal Reserve (Fed, banco central de lá) para definir taxa de juro.
— Nós precisamos é ajustar como fazer com que o juro esteja totalmente sob controle para não inibir investimento e novos empregos — complementou o ministro.
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