27 fev Aumento do desemprego reflete dispensa de trabalhadores temporários do fim do ano, diz IBGE
Aumento do desemprego reflete dispensa de trabalhadores temporários do fim do ano, diz IBGE
Segundo o instituto, a taxa de desemprego passou de 6,2%, no trimestre encerrado em outubro, para 6,5%, no trimestre encerrado em janeiro.
O aumento do desemprego no trimestre encerrado em janeiro reflete a dispensa de trabalhadores temporários do fim do ano e pode ter sido influenciado pela retomada do padrão sazonal observado antes da pandemia. A redução do contingente na administração pública – com troca de contratos no início do ano – também exerce influência no resultado.
A análise foi feita pelo analista da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) William Kratochwill. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram um aumento da taxa de desemprego de 6,2%, no trimestre encerrado em outubro, para 6,5%, no trimestre encerrado em janeiro.
“É notório que no primeiro trimestre do ano há sempre identificação de aumento da desocupação devido à dispensa dos temporários. A introdução de janeiro no trimestre móvel já mostrou um pouco isso”, afirma Kratochwill.
Na sua avaliação, o movimento observado pode sinalizar a retomada do padrão sazonal de antes da pandemia, quando esse aumento do desemprego ocorria nesta época do ano.
Em 2022, houve queda do desemprego nesta base de comparação – trimestre encerrado em janeiro, ante outubro -, enquanto nos anos de 2023 e 2024 a taxa ficou estável.
“Pode ser também um retorno ao ciclo que havia antes do processo pandêmico. Desde 2021, a taxa de desocupação tem sido decrescente de forma contínua porque o choque foi muito grande no mercado de trabalho”, diz ele.
“A economia é como uma locomotiva. As coisas acontecem hoje e vão surtindo efeito ao longo do tempo”.
A queda de 2,5% das vagas na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, também pode ter contribuído para esse movimento observado. “Também há um componente de diminuição dos contratos no setor público, que também pode ocorrer neste período. Principalmente porque houve eleições municipais e há uma troca de equipes”, afirma.
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