27 jun Congresso de Relações Sindicais e do Trabalho traz para debate “O que as empresas querem e esperam do sindicato empresarial”
Congresso de Relações Sindicais e do Trabalho traz para debate “O que as empresas querem e esperam do sindicato empresarial”
A tarde do segundo dia do 6º Congresso de Relações Sindicais e do Trabalho da Fecomércio-RS iniciou com um importante debate para os participantes. O bate-papo “O que as empresas querem e esperam do sindicato empresarial”, esclareceu dúvidas dos mais de 200 congressistas presentes no evento. O momento contou com a participação do gerente de Relações Sindicais da C&A, Ricardo Gomes, e o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo.
No modelo perguntas e respostas, o encontro foi comandado pela gerente do Núcleo Jurídico Sindical da entidade, Márcia Duarte, e pela assessora jurídica Lucia Ladislava Witczak. Lúcia iniciou falando sobre o objetivo do encontro. “Um dos grandes desafios das entidades é administrar o interesse de seus sindicados. Diferenças de setores e porte de empresa impactam na negociação coletiva, por isso, o objetivo do painel é ouvir empresas para que possamos saber o que eles esperam dos sindicatos patronais nas mesas de negociação”, destaca.
Dando início ao debate, o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, falou sobre a proximidade com a Fecomércio-RS. “É de extrema importância as entidades buscarem uma relação com os sindicatos patronal e laboral. Aqui no RS, estamos no guarda-chuva da Fecomércio e precisamos nos unir e mostrar para o Brasil a necessidade dessas relações”.
Iniciativas de entidades patronais sobre horário de funcionamento também foram questionadas. Na visão de Longo, a relação patronal e laboral é essencial desde que trabalhadores não sejam prejudicados. “Temos concorrentes de diversas frentes e a concorrência ajuda no crescimento de quem é mais competente. Contudo, precisamos entender que temos espaços para todos, dando oportunidade tanto para o pequeno empresário quanto para as grandes marcas”, destaca.
No decorrer de sua fala, Longo também falou sobre negociações coletivas para acomodar interesses de empresas com realidades distintas e conciliação de interesses nas mesas de negociação. “Precisamos de sindicatos fortes, para termos negociações diferentes conforme a região, atendendo os interesses do pequeno e do grande nos acordos coletivos”, enfatiza.
O gerente de Relações Sindicais da C&A, Ricardo Gomes, fez uma breve apresentação da empresa, que já ultrapassou o nível de empregabilidade de antes da pandemia e, atualmente, conta com um milhão de clientes transitando pelas lojas diariamente. “Temos interlocução com 270 sindicatos e 130 convenções coletivas. O pós-reforma trabalhista potencializou a necessidade do relacionamento e da participação das entidades. Isso traz muito resultado para o negócio”, enfatiza.
Gomes também destacou a relação de parceria entre os sindicatos e as empresas. “O modelo associativo é o melhor para ambas as partes. Alguns sindicatos estão convidando as empresas para fazerem parte de sua diretoria, para estarem mais próximos e entenderem os propósitos das negociações”, destaca o dirigente.
Sobre o tema contribuições dos associados e negocial, Gomes destaca a importância de uma construção coletiva equilibrada e construída a várias mãos. “Precisamos focar em uma relação bilateral, pois estamos juntos nesse desafio, fomentando o ambiente positivo e de relacionamento”, finaliza.
Veja as fotos do Congresso nesta sexta: https://bit.ly/3xOVYR3
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