Formato de trabalho: finanças e tecnologia têm maior flexibilidade

Formato de trabalho: finanças e tecnologia têm maior flexibilidade

Publicado em 9 de maio de 2025

Pesquisa com 219 empresas mostra os modelos mais adotados pelos setores.

Os setores de tecnologia e serviços financeiros têm modelos de trabalhos mais flexíveis, enquanto agronegócio, saúde e construção civil lideram no formato presencial.

Essa é a conclusão de um levantamento feito pela consultoria de recrutamento executivo Fesa Group e obtido com exclusividade pelo Valor. Foram consultadas 291 empresas de 15 segmentos em 12 estados do país nos primeiros meses de 2025.

A pesquisa aponta que alguns segmentos mantêm modelos presenciais como padronização, muitas vezes por necessidade técnica ou por questões culturais que dificultam a transição para outras modalidades. Entre eles estão advocacia, agronegócio, construção civil e imobiliário, indústria e saúde.

Em segmentos específicos, o levantamento mostra que a flexibilização dos modelos é um diferencial competitivo, de modo a equilibrar atividades presenciais e remotas conforme as exigências de cada função. Alguns exemplos são consumo, educação, energia e logística.

Por fim, há setores que demonstram maior maturidade na adoção de modelos remotos e híbridos. São eles: tecnologia, finanças – principalmente startups financeiras e bancos digitais – e serviços.

Rafael Bertoni, diretor associado da Fesa Group, acredita que a discussão sobre os formatos de trabalho segue sendo absolutamente necessária.

“Ainda estamos em um momento de transformação contínua, e a pesquisa da Fesa Group mostra que não existe um modelo único que atenda a todos os setores ou perfis de profissionais”, afirma. “Cada organização precisa avaliar suas características, suas necessidades operacionais e culturais para definir o que faz mais sentido.”

Ele diz que o formato de trabalho passou a ser uma variável estratégica, que precisa ser revisitada constantemente para garantir competitividade, inovação e a preservação do bem-estar das equipes.

Bertoni afirma, ainda, que a flexibilização dos modelos de trabalho continua sendo um diferencial competitivo relevante na atração de executivos, e observa uma preferência bastante clara pelo modelo híbrido.

“Esse é um tema recorrente nas entrevistas de recrutamento que conduzimos”, afirma. “Muitos profissionais hoje priorizam empresas que oferecem formatos mais flexíveis, capazes de equilibrar performance e qualidade de vida.”

Fonte: Valor Econômico
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