Resultado impulsionou o comércio do RS, que viu as vendas dispararem em 2024.

O rendimento médio do trabalhador gaúcho fechou 2024 em R$ 3.698. É o maior da pesquisa do IBGE, iniciada em 2012 e que faz a atualização dos valores pela inflação para o comparativo. O levantamento considera empregados CLT, servidores públicos, domésticos, empregadores e trabalhadores por conta própria, formais ou informais.

A renda subiu 7% sobre o final de 2023. Com isso, superou o INPC, índice de inflação usado em negociações salariais e que fechou o ano passado em 4,77%.

Com a alta no valor médio e o recorde de 6,077 milhões de trabalhadores no Rio Grande do Sul, a massa salarial total também atingiu sua máxima histórica. Pela primeira vez, ficou acima de R$ 22 bilhões por mês. Somando todos os rendimentos da população que trabalha no Rio Grande do Sul, o montante de R$ 22,031 bilhões supera em 9,6% o fechamento de 2023.

Varejo na esteira

Apesar do receio de pressões inflacionárias, o varejo é quem primeiro colhe os frutos deste resultado. As vendas do comércio no Estado saltaram 8,4% em 2024, o melhor desempenho entre os setores econômicos e mais do que o dobro do avanço nacional. Considerando o varejo ampliado – contando veículos, materiais de construção e atacarejos -, a alta foi de 9,5%.

Móveis, eletrodomésticos, equipamentos de informática, alimentos em atacarejos, veículos e materiais de construção estiveram entre os destaques. Perceba que a maioria são itens que tiveram que ser repostos após os estragos da enchente.

– A ampla quantidade de dinheiro injetada para o enfrentamento da enchente, a menor alta de preços aqui e o avanço do PIB gaúcho com a preservação da safra de grãos após duas estiagens são o contexto dos bons números – tem ressaltado o economista-chefe da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Oscar Frank.